quarta-feira, 7 de julho de 2010

20 anos sem Cazuza


Há 20 anos, no dia 7 de julho de 1990 , Agenor de Miranda Araújo Neto, Cazuza, nos deixava.

O cantor e compositor, considerado até hoje um dos maiores ícones do rock nacional, impactou, encantou e conquistou toda uma geração, tanto com sua postura rebelde, independente, espontânea e singular, como também por suas letras que falavam de dores, de amores, de sofrimento, e paixões com a habilidade de um poeta.

Polêmico, e sem se importar com julgamentos, viveu seus anos intensamente e talvez por isso, mesmo tendo partido tão cedo, aos 32 anos de idade, nos deixou experiências, lições e um legado musical tão rico e marcante que até hoje passa de geração para geração.

Suas composições lançadas naquela época, tiveram seu valor merecidamente reconhecido, e tornaram-se grandes sucessos, que passaram a ser cantados como hinos por legiões de fãs e regravadas por diversos artistas renomados.

Durante o período em que foi letrista e vocalista do Barão Vermelho, lançou três discos e neles, destacaram-se sucessos como: “Todo amor que houver nessa vida”, “ Pro dia nascer feliz”, “Bete balanço” e “Maior abandonado”.



Mas foi somente em 1985, que seus álbuns, agora solos, "Exagerado", "Só Se For a Dois", "Ideologia", "O Tempo Não Pára" e "Burguesia", foram considerados pela crítica como alguns dos melhores momentos da música brasileira da década de 1980.

"Exagerado", "Codinome Beija-Flor", "Ideologia", "Brasil", "Faz Parte Do Meu Show" e "O Tempo Não Pára" se tornaram seus maiores sucessos, não só pela música, mas pela maturidade das composições que mesclavam tanto as questões socias do nosso país, como também falava de suas experiências de vida, e a perspectiva da morte.

Nos últimos anos, já doente, nos deixou sua última lição, um exemplo de coragem e determinação ao ser a primeira personalidade brasileira a assumir publicamente sua doença, a AIDS.


"Escrevo numa tarde cinzenta e fria,
trabalho pra espantar a solidão
e meus pensamentos.
Hoje assumi em público minha doença,
estou mais leve, mais livre,
mas ainda tenho muitos medos.
Medo de voar, de amar, medo de morrer, de ser feliz,
medo de fazer análise e perder inspiração.
Ganho dinheiro cantando minhas desgraças,
comprar uma fazenda, fazer filhos,
talvez seja uma maneira de ficar pra sempre na terra
porque discos arranham e quebram.
                                       Amor... Cazuza."



Esse gesto, mais tarde, também tornou-se um legado, representado em forma da Sociedade Viva Cazuza.

Uma ONG brasileira, em memória de Cazuza, fundada pelos seus pais, com a colaboração de amigos e médicos, que decidiram dar continuidade à sua luta contra o HIV/AIDS.
A organização tem como intenção proporcionar uma vida melhor à crianças soropositivas através de assistência à saúde, educação e lazer .

Para saber mais acesse:

Vale lembrar:
Hoje, a MTV vai exibir o Especial MTV - 20 Anos sem Cazuza, com 30 minutos de duração, em que músicos e parceiros do cantor e compositor contam histórias sobre suas canções que viraram hits e outras que nem fizeram sucesso
                                  Horário: 17h30, com reprise às 00h30 

E como esse blog é público, também tenho que fazer meu papel social, tanto como pessoa como estudante de Medicina.

                  
 
 

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