segunda-feira, 5 de julho de 2010

Querido John (Dear John, 2010)

Para a estréia dos meus comentários aqui no blog escolhi o filme "Querido John". A razão? Por ser mais um filme baseado em uma das obra de Nicholas Sparks!

Pra quem curte romances já deve saber exatamente a quem me refiro, caso contrário, eu explico!

Nicholas Sparks  é autor e novelista norte-americano , famoso pelos romances best-sellers “A walk to remember”, “The notebook”, “Message in a bottle” e “Nights in Rodanthe” .

Essas obras, além de ficarem semanas consecutivas no topo dos mais vendidos do NY Times , alcançaram sucesso fora dos Eua e,  foram todas adaptadas para o cinema.



Tanto um “Um amor pra recordar”, (Mandy Moore e Shane West, 2002) quanto “O diário de uma paixão“ (Rachel McAdams e Ryan Gosling, 2004) se tornaram filmes de sucesso e referência, especialmente entre os jovens que curtem o gênero romântico.

Suas obras se destacam por serem romances comoventes, sem beirar o “água-com-açúcar”, e que acima que tudo, se aproximam da nossa realidade, abordando assuntos tão comuns mas ao mesmo tempo, tão profundos em nossas vidas.

Eu, particularmente adorei todas as obras que li do autor até hoje, e estava bastante ansiosa pra conferir “Dear John”.

Vamos então à sinopse e logo após as críticas do fime:

Sinopse: Dirigido por Lasse Hallström e baseado no romance do aclamado autor Nicholas Sparks, Dear John conta a história de John Tyree (Channing Tatum), um jovem soldado que foi para casa durante uma licença e de Savannah Curtis (Amanda Seyfried), a jovem universitária idealista por quem ele se apaixona durante as férias de faculdade. Durante os próximos sete tumultuosos anos, o casal é separado pelas missões cada vez mais perigosas de John. Apesar de se encontrarem apenas esporadicamente, o casal mantém o contato por meio de uma enxurrada de cartas de amor. Essa correspondência acaba por provocar uma situação com consequências nefastas.

Crítica:  (contêm spoilers!)

Então o que eu posso dizer de "Querido John"?

No geral, posso dizer sem sombra de dúvidas, que esperava muito mais do filme!

A história, embora seja envolvente, cativante e tenha tudo pra dar certo, é contada em meio a grandes passagens de tempo, e ao deixar algumas lacunas em aberto, deu uma impressão de superficialidade tanto ao relacionamento dos protagonistas, quanto as estórias secundárias.
Diferente de outros protagonistas de Nicholas Sparks, John e Savanah, por mais empatia e química que tenham entre si, não passam aquela profundidade e intensidade do sentimento entre eles que era tão esperada. E acredite, isso nada tem a ver com o par de atores e suas interpretações.
Como não li o livro, pode ser que boa parte da profundidade que eu esperava da história, tenha se perdido na adaptação para o cinema, o que acontece em vários casos por aí. Mas eu não posso afirmar que esse seja o caso. Fica aí a dúvida.

Outra coisa que me incomodou bastante, (SPOILER!) foi a relação de Savanah com Tim. Esse "segredo" ou "surpresa" que deveria ser o ponto mais alto de conflito na relação de Savanah e John, primeiro não foi exatamente surpresa porque, pra quem realmente é atento, estava na cara desde o príncipio que o tal marido desconhecido de Savanah só podia ser Tim , e a razão óbvia do casamento relâmpago deles, só podia ser o filho dele!

E segundo que, exatamente essa escolha de Savanah, de terminar tudo com John, mesmo o amando, sabendo que estava sendo covarde por terminar com ele a distância sem dar explicações, e o suposto conflito que ela deveria passar por ter de fazer essa escolha, entre o que queria e o que achava certo no momento, foi simplesmente pormenorizada no filme!

O roteiro em momento algum foca em alguma cena, ou até induz a algum fato que nos demonstre alguma difculdade, sofrimento ou até hesitação por parte de Savanah ao tomar essa decisão que, na cabeça de qualquer pessoa lógica, deveria no mínimo, ser uma das mais difíceis de sua vida.

Só quando John se dá conta de que o marido é o Tim, que escuta suas desculpas e até "aceita" as tais razões dadas pelo marido, (razões e desculpas que, diga-se de passagem, na minha opinião, deveriam vir Savanah porque, por mais que Tim tivesse usado de quaisquer subterfúgios para tê-la e até garantir uma mãe pra seu filho depois que ele partisse, quem aceitou de fato o casamento e traiu o amor de John, foi Savanah!) é que ele pede uma explicação a Savanah para sua "falta de consideração" por ele. John simplesmente pede um motivo do por quê depois de meses sem notícias suas, ela escolhe enviar-lhe somente uma carta anunciando o fim do relacionamento de ambos. Savanah, sem grandes emoções ou explicações racionais, diz que só poderia ter sido dessa forma, caso contrário, não conseguiria ir em frente e terminar com ele.

Simplesmente não me convenceu ou cativou como eu esperava.

Por fim, (SPOILEEER!) o "happy ending" tão esperado, que costuma acontecer com a redenção de um personagem ou o triunfar do relacionamento do casal, apesar de todos os obstáculos encontrados no caminho, nesse caso, ficou em aberto, deixando espaço pra se imaginar o que quiser, ou pelo menos o fim que o fará mais satisfeito!rs

Ouvi comentários que o final no livro, é ainda mais repentino e insatisfatório do que no filme. Vai saber né..rs Quem quiser tirar a dúvida, veja o filme e depois leia o livro!

Concluindo, é um bom filme, prende a atenção do ínicio ao fim, tem sim seus momentos emocionantes mas que, na minha opinião, ficaram muito mais nítidos na relação de John com o seu pai, do que no próprio relacionamento dos protagonistas.

Um exemplo disso é que o meu trecho favorito do filme e que mais me emocionou, são os dizeres de John a seu pai:

 
"Tem uma coisa que quero te contar.
Depois que fui baleado, quer saber a primeira coisa que me veio à mente, antes de eu desmaiar?
Moedas.
Tenho oito anos de novo e estou na Casa da Moeda dos Estados Unidos.
Estou ouvindo um guia explicar como as moedas são feitas.
Como são cortadas em uma chapa metálica.
Como são margeadas e chanfradas.
Como são cunhadas e limpas.
E como todas as moedas são examinadas uma a uma,
para o caso de ter passado uma com a menor imperfeição.
Foi o que me passou pela cabeça.
Sou uma moeda do Exército Militar Americano.
Fui cunhado em 1980.
Fui cortado por uma chapa metálica.
Fui selado, limpo.
Minhas bordas foram margeadas e chanfradas.
Mas agora tenho dois pequenos buracos em mim.
Não estou mais em perfeitas condições.
Então, tem mais uma coisa que quero te contar.
Um pouco antes de tudo ficar preto, quer saber a última coisa que me passou pela cabeça?
Você."

Enfim é isso!

Críticas, comentários e dicas, fiquem à vontade! Até o próximo post!

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